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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Do Côa à calçada romana da Gata ...
em Maio, mês das maias

A 15 de Maio de 2010 estávamos com os Caminheiros em terras de Coruche. E de 19 a 29 de Maio ... em Vale de Espinho ... com os netos. A velha ponte, os campos, os lameiros, também continuavam a ver passar gerações ... mas, agora ... as nossas gerações!
A velha ponte do Côa também vê passar gerações...    20.05.2010
"Tantos meninos e meninas passaram aqui antes de mim..."
No dia 26, já sozinhos, voltei à Serra da Gata. Dois meses antes, tinha subido à Torre Almenara, mas o apelo era agora o da velha calçada romana que, desde o Puerto de Castilla, desce a serra até à vila. Desta vez a "sócia" acompanhou-me ... e o primo "corredor" da caminhada à Marvana de Maio de 2009... J!
Por velhos caminhos de terra mais ou menos transitáveis, conseguimos levar o carro até muito perto do Puerto de Castilla, no limite entre Castela e a Estremadura espanhola. A partir daí ... os horizontes abriram-
Peña Cuarterón e vale de San Blas, Sierra de Gata, 26.05.2010
se para o vale de San Blas, numa autêntica e espectacular vista aérea! Tal como anos antes me acontecia, em situações idênticas, pensar automaticamente em levar os alunos aos paraísos que eu ia descobrindo ... agora ocorria-me sempre que tinha de ali levar os Caminheiros. Menos de um ano depois estariam lá... J! Ao longo da descida, a velha calçada romana surgia pontualmente - a via Dalmacia, que ligava Coria a Ciudad Rodrigo. A Ermida de San Blas e a puente de los dos ojos, complementam os atractivos naturais desta espectacular vertente.
Via Dalmacia, calçada romana Pto de Castilla - Gata, 26.05.2010
Puente de los dos ojos, vale de San Blas, Gata, 26.05.2010
Chegados a Gata, de ruínhas típicas ao estilo medieval ... havia que voltar a subir; o carro estava no Puerto de Castilla. E subimos. Regressámos ao Puerto pouco passava das duas e meia da tarde ... e ali próximo outro apelo era o Pico Jañona, o "irmão gémeo" do Xálima, pouco mais de 100 metros mais baixo do que ele. Sabendo embora que o "primo corredor" me iria bater aos pontos, propus-lhe irmos até lá, o que foi logo aceite. A terceira "elementa" do grupo é que preferiu esperar por nós no carro.
Vila de Gata, com a Torre Almenara ao fundo, 26.05.2010
Cume do Pico Jañona (1362m alt.), Sierra de Gata, 26.05.2010
E lá fomos. O troço final de subida ... é penoso: 170m de desnível em 650 metros de percurso ... 26% de inclinação! Mas, ao contrário de Maio de 2009, agora eu já estava mentalizado para ver o primo subir o Jañona à mesma velocidade de tudo o resto ... e subiu... J! 10 minutos depois eu chegaria lá... J! 
Os três membros da "equipa" da Via Dalmacia (calçada romana da Gata) e os dois "conquistadores" do Pico Jañona, 26.05.2010
(ver o álbum completo neste link)

Mas estávamos em Maio ... mês das maias. Primeiro a giesta branca e, depois, a amarelo cerrado, as giestas cobrem os campos e as encostas de Vale de Espinho e de toda a raia transcudana. Dia 28, véspera de regressarmos desta movimentada estadia em Vale de Espinho, deambulei pelos campos, saboreando as cores e os cheiros daquela Natureza inspiradora.
Maio, mês das maias: campos de Vale de Espinho, 28.05.2010
Maio, mês das maias: campos de Vale de Espinho, 28.05.2010
Na floresta de "fieitos", Vale de Espinho, 28.05.2010
O rosmaninho contrasta no verde, 28.05.2010
7/09/2011

terça-feira, 4 de maio de 2010

Polos camiños do fín da terra ... e das terras de Montemuro à Serra Amarela

Com  os amigos  a que chamávamos o  "grupo dos sete"  e  depois dos  cruzeiros no  Douro, das terras de
Ria de Muros, 10.04.2010
Freixo de Espada-à-Cinta, de um Outono na raia e de uma Primavera em Somiedo, em Abril de 2010 rumámos a Santiago de Compos-tela e às terras galegas de Fisterra, da costa da morte e das rías baixas. De 8 a 11 de Abril ... esta xira galega proporcionou-nos o relembrar das belas paisagens celtas da Galiza.
Uma semana depois estávamos no Algarve, com os Caminheiros Gaspar Correia, numa actividade de fim de semana que contou com duas belas caminhadas, na Serra de Monchique e no litoral de Portimão.
Os camiños do fín da terra entran polo mar adentro!   Cabo Fisterra, fim da terra galega, 10.04.2010
Montemuro, 1.05.2010
Aldeia abandonada de Levadas, Montemuro, 1.05.2010
Os "guardiões" da aldeia de Levadas... J


Nos primeiros dias de Maio, rumámos à Serra de Montemuro ... e ao Gerês!




Em Junho, eu ia ser responsável, nos Caminheiros, por uma actividade em cada uma daquelas serras, para parte das quais se impunha um reconhecimento prévio. Nos dois primeiros dias de Maio, eu, a "sócia" e dois outros caminheiros fizemos esse reconhecimento em Montemuro ... para ainda na tarde do dia 2 nós dois seguirmos de Montemuro para o Gerês; vantagens de estarmos ambos em "férias eternas"... J
Cume da Serra de Montemuro (1382m alt.), 2.05.2010
No Gerês, tomámos Lobios como base. Lobios, no Xurés galego, é uma excelente base para qualquer ponto do Gerês, já que fica perto de tudo. E viemos a conhecer nesta xira o seu excelente Hotel Lusitano; com óptimo serviço e excelentes preços, o Lusitano passou a ser a nossa base de referência ... e até para o grupo de Caminheiros, das duas vezes que já lá os levei. E sabe sempre bem conhecer a história do avô paterno dos seus actuais gerentes, que procedente do vizinho concelho de Amares foi trabalhar nas minas das Sombras e por ali se radicou. Assim nasceu, por iniciativa daquele português e duma galega de Lobios, a Fonda Lusitano, como também é conhecido ainda hoje.
Sobre o vale do Cabril, Serra Amarela, 3.05.2010
O objectivo desta deslocação ao Gerês era fazer um reconhecimento na Serra Amarela, com vista à caminhada complementar da travessia do Gerês, prevista como actividade extra para o mês seguinte. Tive inicialmente prevista a travessia no sentido Portela do Homem - Lindoso, pelo que no dia 3 de Maio fizemos uma caminhada ao longo do vale do Cabril, partindo do estradão do Muro e tentando chegar aos geodésicos do Rebordo e da Louriça. As características e a inclinação do terreno e da vegetação não me aconselharam contudo a levar o grupo por ali, mesmo tratando-se de uma caminhada extra. Ainda subimos à Louriça, mas como descer sempre pelo estradão seria monótono, teria de encontrar alternativas.
E as alternativas foram-se esboçando no dia seguinte. Deixando o carro na Portela do Homem, fiz uma caminhada solitária na Serra Amarela, subindo à Chã da Broca, Cruz do Touro, Ruivas e Ramisquedo. Que caminhada fabulosa! Os Caminheiros não podiam perder aquela maravilha! E do Ramisquedo avancei até ao ponto onde havia estado na véspera, no estradão que desce da Louriça, já que ainda não tinha posto de lado a ideia de, no mês seguinte com o grupo, completar a travessia até ao Lindoso.
Serra Amarela, à vista da albufeira de Vilarinho da Furna, 4.05.2010
Serra Amarela, 4.05.2010 (clique para ver o álbum completo)

Mas, naquele dia, havia que voltar à Portela do Homem. Procurando sempre não repetir caminho, contornei as Ruivas pelo sul, desci ao vale do Azevinheiro, voltei a subir já a leste da Cruz do Touro e, depois de um pequeno troço comum, desci o estradão do Cortado do Calvo, com espectaculares panorâmicas sobre a albufeira de Vilarinho das Furnas.
O programa estava delineado para a actividade caminheira dos feriados de Junho...
6/09/2011